quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Penumbra


Transpiro saudade pelos ossos
A face pálida, por vezes rubra
Acusa a penumbra,
O tormento nos meus olhos.
Porque não se silenciam pensamentos nefastos
Adormeçam neste peito?
Ó! Espectro de luz...
Carrasco do meu silêncio
Leva! Afasta de mim
Os indícios de minha demência
De quem chora pela ausência de lucidez
Teme pela distância
Minha alma não suporta tanta estrangulação
Meu lamento aos teus ouvidos é melodia
Aqui nesta clausura
Prisioneira de mim mesma
Anulo-me com o pânico
Endoideço... Entorpeço...
Por que tu és fogo que não arde
És paisagem fria e morta
Aniquilas... Devoras...
Não me recordo de quantos sorrisos
Pertenciam ao meu rosto
Tanta ardência! Quanta ambição!
Se Deus soubesse
Da minha existência
Não iria permitir
Tuas injúrias...
Porque me torturas
Me condenas?
Porque não me abandonas?
Deixa-me morrer de entristecimento.
PORQUÊ?
Meu corpo é meu templo
É o resto em ruínas
É esquife do espírito
Que renuncia à vida...
Tu és a voz profana
Que ecoa em meus ouvidos
A noite, meu drama
Meu ritual de suicídio
Transpiro mágoa pelos ossos
Face pálida, por vezes rubra
Denuncia a penumbra
O sofrimento em meus olhos...
Anyb

2 comentários:

Anónimo disse...

Deve ser uma mulher maravilhosa.

Anónimo disse...

Sei o que sentes...
De que adianta viver sem o teu amor?
Viver mesmo sabendo que cada segundo longe de ti,
me faz morrer cada vez mais.
Do que adianta viver sofrendo...
Sofrendo por um amor impossível
Sofrendo porque não estás ao meu lado
Viver com a ilusão de que um dia serás minha
Do que adianta viver se a cada dia te amo mais e mais
Viver sonhando com teus beijos
pensando em ti a cada segundo de minha vida
Do que adianta viver?
Viver com a esperança de um dia ter o teu amor...

Red