segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

PENSO E CHAMO POR TI


Às vezes chamo por ti, quando estou sozinha,
pela noite dentro penso em ti.
Penso naquilo que nunca serás e naquilo em que me tornei.
Será que estou destinada a viver sempre assim?!
Será que estou destinada a amar-te por toda a minha vida?
Porque será que, mesmo tendo passado tanto tempo
desde que te vi, me lembro tão bem da tua face?
Fecho os olhos e consigo ver-te à minha frente,
como um ecrã de fumo
que tento agarrar mas que me foge por entre os braços.
O que terei feito de tão errado?
Não quero mesmo sentir isto que sinto há tanto tempo.
Vou deitar-me para acordar em mais um dia.
Mais um dia em que finjo não me lembrar de ti,
finjo não pensar em ti... mas penso.

Penso e chamo por ti.
Anyb

3 comentários:

Anónimo disse...

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele disse -me essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
William Shakespeare

Anónimo disse...

Soneto 35•
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o insecto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te escuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.
William Shakespeare

Anónimo disse...

Quando me tratas mal, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
William Shakespeare